terça-feira, 29 de dezembro de 2009

que paz que nada !!!

que venha a força , a luta, batalha e mais batalha pra encarar.
quem está e quem virá.
sem planos nem promessas dessa vez.
uma coisa só faço igual: vou pro mar....
ele sempre conta tanta coisa....

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ufa

Sai o peso vem o trabalho
Vai embora o nó da garganta
Vem a dúvida: pra que? pra quem?
Suor que vai cair ainda
Mas acima disso, o que foi... e tinha de ir afinal!
Daqui pra frente nao tenho muita certeza do que pensarei
Do que serei, do que desejarei
Muito menos do que farei
Só sei que hoje quero o risco
A rua (que nao foi ainda, mas sera)
A voz no canto e no grito sim, na fala e no riso
Pessoas
Erro e acerto, chao e ceu
Só sei do que quero
E vou

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Se nao fosse eu

Seguiria alguns passos.
Seria romanticamente pudica e levianamente sadica.
Ficaria em silencio por horas a fio.
Secaria os cabelos com secador pra ficar mais bonita.
Faria as unhas, pintaria os cilios, usaria cremes e perfumes caros.
Seria educada, refinada, politizada, intelectualizada.
Estaria contente com o trabalho.
Comeria sempre pouco e nos horarios certos.
Erradicaria a tpm e o mau humor matinal.
Jamais excederia meus limites.
Contaria estrelas nas noites quentes.
Deixaria de lado sentimentos amargos.
Reservaria mais tempo pra nao fazer nada.
Nao tentaria salvar nada.
Esqueceria de ideais que fazem meus pes doerem e nao me deixam dormir direito.
Nao riria de mim mesma e de piadas idiotas.
Estaria satisfeita.
Jamais me renderia a paixao.
Nunca escreveria bobeiras que as pessoas pudessem ler e julgar e detestar.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

off-line

mistura tudo.
isso, mexe mais um pouco.
cansaço no corpo e na cabeça.
nem assim o sono vem...
e aqui perto, vejo o principe da dinamarca comendo bolachas, prestes a virar garoto propaganda...

"Sou livre porque amo todo mundo ou
amo todo mundo porque sou livre?"

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O homem dos pés sujos

O homem dos pés sujos caminha na rua que é seu lar. E todo dia aprende que estar vivo não é só questão de respirar. Na sacolas, carrega toda a bagagem que tem... sapato gasto só pra ocasiões festivas, garrafa de pinga pra matar os medos, cigarro, lembranças, dores, amores, o que é e o que está.
O homem dos pés sujos não costuma olhar nos olhos dos outros homens de pés limpos. Uma afronta seria... Faz do asfalto companheiro, da fumaça sua guia. Na cabeça idéias e ideais, como eu, como nós. Só que ele tem pés sujos!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ver

Letras coloridas nas paredes da cidade. Gritadas e pixadas, passam rápido vistas da janela do busão. Gente bem bonita de roupa agarrada pra marcar corpos desenhados e perfeitamente esculpidos por silicone e marcas de cosméticos.
Revistas com mulheres super sensuais, jornais com os acontecimentos mais importantes do mundo, como a menina de mini saia que virou celebridade e bla bla bla.
Certo e errado, Deus e o diabo, tudo as claras pra ver e consumir e degustar e vomitar depois.
Além de extremos, esta é uma era de anorexia e esquizofrenia, de anestésicos descartáveis e vistas aguçadas pra tudo o quanto é escremento. Trocando em miúdos: a gente só vê merda, só faz merda, pensa merda e vive merda. Engole merda e por fim, reproduz uma merda tão gigante e arrogantemente, pensamos em autenticidade!
Por hoje, apagar as luzes seria bom demais. Não só pra não ver mais o que tenho que olhar, mas também pra sentir um pouco mais. Sentir, só sentir. Aguçar no corpo vontades que que se reprimem, que ficam aí como bestas, esperando a cabeça parar de funcionar pra por fim sairem vagando e divagando com outros como eu.
Andar as cegas mesmo, amar as cegas, viver as cegas. Sentir, comer, fazer sexo, dormir, rir, chorar, fazer... as cegas.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ânsia

Passos largos na calçada, atraso habitual.
Na cabeça pairam dúvidas que nem o tempo nem o espaço nem pessoa nem fantasma lhe reponderá, por mais que rogue. Manteiga que passa no pão, café bem doce pra acordar mais feliz.
Quase por um triz esquece de tudo pra ver o sol de mais um dia abafado. Lembra das contas, de amores, de dores de cabeça que lhe perseguem mais que a insônia nesses últimos dias. Vale a pena não pensar.
Vê gente estranha no caminho do trabalho e por instantes pensa em tomar seus lugares, seus lares, seus sonhos mais baratos em troca de um prato de respostas. Inútil, famintos estão todos nesse aspecto.
Ergue-se um muro de incertezas entre a razão e o que está posto à mesa: gente com fome, com sede, com dor, com muito, com pouco, com tudo, com o mundo na mão e a cara lavada. Liga o radinho que fica mais fácil abstrair o pensamento e distrair a visão.
Uma mulher rouba um pote de manteiga e vai presa. Antentados contra a ordem todo dia, baderneiros estes que tomam as ruas com manifestações subversivas! Um mundo todo com tudo acontecendo ao mesmo tempo...
Ela senta na cadeira e escreve coisas que jamais dirá ou publicará.
Tem vontade de rir e de chorar, pelo mundo, por seus pés.
Olha o cristo, de braços abertos! E as palavras, prontas pra servir de voz.
Gira na cadeira. Rotação num eixo incerto que é seu corpo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Mercúrio

" A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro nessa vida..."



Me disseram esses dias que pessoas de gêmeos são como o mercúrio: é inútil tentar segurá-lo, fecha-lo nas mãos... e tão simples fazer que ele fique... é só deixar a mão aberta!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Posses

Ter vale muito hoje em dia... Muitas vezes somos o que temos... E foi com base nisso, que Batman e Robin, Pink e Cérebro, a dupla não tão dinâmica, enfim, nós , escrevemos estas linhas poéticas abaixo. Criação coletiva é muito interessante mesmo... Vou publicar em forma de diálogo, - essa coisa de poesia tem me deixado meio fora do eixo esses dias...

Um salve ao consumo!
Um salve ao valor das coisas!
Um salve a posse!


TENHO

C: Eu tenho fissura anal
D: Eu tenho uma verruga na genital

C: Eu tenho medo de palhaço
D: Eu tenho na pia lã de aço

C: Eu tenho suor no joelho
D: Eu tenho um tufo de pentelho

D: Eu tenho o queixo enorme
C: Eu tenho ronco quando meu olho dorme

C: Eu tenho um colchão cheio de ácaro
D: Eu tenho péssima visão mas um bom faro

D: Eu tenho celulite na coxa e na bunda
C: Eu tenho fama de vagabunda

D: Eu tenho um monte de dente torto
C: Eu tenho vontade de fazer um despacho no Horto

D: Eu tenho a periquita em chamas
C: Eu tenho primas no Bahamas

C: Eu tenho pulgas
D: E eu tenho rugas

::: Pois então! Só brindando mesmo o sabor de ter tanta coisa... Com licença, minhas celulites e eu e mais tudo o que é MEU vamos comemorar essa maravilhosa era do TER para SER. :::

OBS>: Ja voltei pra editar essa m.. algumas vezes por conta dos meus erros ortograficos. O que ficou errado, ficará. Cheeeegaa!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Só falta a espinha gigante na cara

Movimento por impulso / impacto.
Sensações de tempo quente, como querer sorrir mais do que o normal.
Impressões várias de uma fase que não vai embora - metamorfose estaganada... hoje ao menos...
Impetuosa vida que não me deixa ficar velha;
Tempo maluco que pra uns passa depressa e deixa marcas
E pra outros parece não ter serventia e nem subjuga essências primitivas.
Grito na garganta que ecoa de outras formas - desejo agora uma forma de te ver...
Dias pra passar:
Horas e minutos - e ai que maluquice essa de querer e querer tanto!
Pensava loucos os poetas,
Consumidores de amores e por ele também consumidos, desmedidamente.
E não é que os atores talvez sofram tais mazelas? (trocadilhos do acaso, quem sabe...)
De apelido homônimo,
De arte também respira.
Inspira hoje meu dia!
Nem sei direito como é isso...
Mas está.
E é tão bom!


Boa notícia!!!!!

-"Equipes de cata-bagulho recolhem 101 toneladas de objetos inservíveis" - divulgou hoje a prefeitura de São Paulo. Logo, se o prefeito sumir, ja sabemos qual foi o motivo...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

In Sonia

VAZIO
BRINDE AO PENSAMENTO
UFA
ESTADO DIFERENTE DE ENXERGAR
JEITO MEU DE QUERER
O QUE FOI NAO HÁ
NAO CABE MAIS
DISTANCIA
CANSAÇO
NADA
JA NAO BASTA A ARTE CENICA
VICIO
MILITANCIA
QUE NAO PASSA DE TEORIA
CHEGA
ESPAÇO RESERVADO PRA SENTIR AGORA
O QUE NINGUEM SENTE QUANDO ADORMECE
AMANHA OU QUASE HOJE
ACORDO
DE NOVO

Na ladeira

.. E de repente um lugar novo
Com uma vista linda
E um ventinho gostooooso
Que tem uma cadeira pra eu sentar
Algo gelado pra beber
E que pouco se importa com a mochila azul suja e velha que trago
Compartilho umas ideias doidas
E percebo que o novo é agradavel
Aconchegante e nao liga muito pros meus receios
Fico a vontade
E quem dera estar aqui nao fosse bom...
Nao seria dificil ir embora
Bom é ficar imaginando
Que talvez amanha eu possa estar aqui de novo
No mesmo lugar novo.

E depois me pergunto: sonhei???

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Melhor estar no fundo do mar

Lula afirmou em mais um de seus espetaculares discursos que nosso país, atualmente, é protegido pela natureza e conduzido por cidadãos capazes de manter a cabeça erguida.
Concordo!
Cabeça erguida pra olhar os fogos de artificio dos shows e distraçoes,
Cabeça erguida pra clamar a Deus e aos santos e orixas por justiça,
Cabeça erguida pra não olhar onde e nem em quem pisa,
Cabeça erguida pra tentar dialogo com o poder, que lá de cima, decide,
Cabeça erguida pra esquecer,
Cabeça erguida... essa é boa.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Capitalismo selvagem

A questão não é o que somos e sim o que e como estamos.
Fácil pra quem tem terra firme pra pisar, intenso pra quem anda na lua e dorme nas nuvens.
Francamente, nao dá pra precisar o que é certo ou errado, isso já se sabe. Mas de fato tem caminhos vários e escolhas nem sempre claras. Vielas, ruas estreitas e mal iluminadas, sombrias e tenebrosas... e nem por isso desagradáveis.
Cansa crer nesse positivismo cristão que nasce com a gente e não sai com o cordão umbilical, pelo contrário, cresce e cresce com as unhas e cabelos e não sai... quase nunca.
Mentir, trair, idolatrar, invejar, querer sexo por sexo. Condição de homem, talvez melhor, condição de primata. Perder, ficar pra tras, não ser bom errar. Não chorar a morte de alguém estimado. Rir dos outros, de si mesmo. Primata.
Esquecer das palavras e usar sons vários, atrair-se pelo cheiro, pelo instinto. Querer por ser simples, por querer, por vontade, por necessidade, sei "lha".
E sonhar.... como Shakespeare, amar a paixão como os poetas. Embriagar-se do mundo, de olhares. "Seguir um caminho pelo o que chama atenção"...
E arte, onde entra? tem de entrar? Quero mais é que saia daqui, e vá pra todo lugar.
Música do ser, batuque do som. Primata.
Pé no chão ou no ar. Mobilidade, visão ampla. Voz pro mundo escutar. Primata.
Ser, viver, respirar, existir , estar. Primata.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Irritações

Pilha de nervos.
E quem foi que disse que a calma é legal?
Estagnação não é um dos meus pratos preferidos.
Ok, pode ser que eu fique asmática pro resto da vida, ou pode ser que não, ora essa!
E nem adianta me olhar numa hora dessas e dizer - CALMA!- eu não quero , não estou e não vou ficar calma.
Existe uma leveza em certas coisas e pessoas e situações que são simplesmente isuportáveis.
E pra não dar uma de louca, o que me resta é sentar, tomar alguma coisa boa e ficar quieta.Só.
Ai, mas dá uma vontade de correr, de gritar!!!!!!!!!!!!
Ufa, chega, por hoje chega.

MANIFESTO ARTE PELA BARBÁRIE

ARTE PELA BARBÁRIE: GRACIAS A LA VIDA!
(texto do Blog da Brava cia)

Ave, Senhores! Nós, que admiramos a vida, vos saudamos.

Nós, artistas, trabalhadores descartados como a maior parte da população; nós, que nos reunimos em grupos para, coletivamente, criar outra forma de produzir e existir diferente dos cárceres privados das empresas; nós, que pensamos e vivemos diferente dos Senhores, vejam só, vos saudamos.

Ave, Senhores! Nós, que teimamos em sonhar, vos saudamos.

Os senhores certamente nos conhecem: nos últimos vinte anos dada a capilaridade do nosso fazer artesanal e cotidiano, embrenhamos o nosso teatro na vida e na geografia de todo o país. Foi assim que algumas conquistas nossas impediram o saqueio cultural definitivo. A disputa por uma arte e uma cultura de relevância pública como parte das prioridades de estado, fomentaram a partir de leis e propostas democráticas, a construção de uma consciência crítica, a ponto da questão cultural fazer parte das discussões mais candentes do dia-a-dia.
É por isso que nós, que fazemos no palco, a radiografia estética de sua civilização, de sua violência, guerra e morte, do seu desmanche de seres humanos, de seu mercado falido, de sua apropriação privada do mundo e de homens; nós, que ousamos sonhar hoje para recriar a humanidade de amanhã, vos saudamos. Por que lutamos para parar a lógica da desordem que é a concorrência e a guerra entre tudo e todos em nome do lucro, da propriedade privada, da acumulação de riquezas nas mãos de poucos.

Nós, que existimos, produzimos, criamos sonhos, idéias, seres humanos. Mas não fabricamos, não podemos e nem queremos fabricar lucros. Não somos, não queremos ser e não acreditamos em vossos valores e parâmetros de eficiência e auto-sustentabilidade. Existimos. Somos o outro de vós, a outra voz, outro corpo, outro sonho. E nos afirmamos enquanto forma de produção e enquanto criação estética de pensamento e seres humanos.

É desse lugar que, mais uma vez, cobramos as promessas por uma sociedade mais justa, onde todos teriam direitos iguais. Mas como isso será possível se 13% do orçamento da cidade de São Paulo e mais de 30% do orçamento do Brasil vão direto para os cofres dos banqueiros, sem nenhuma discussão da sociedade? Como encarar a cultura como direito de todos, se a Prefeitura da maior cidade do país e o governo da União destinam menos de 1% de seus orçamentos para a cultura? Como justificar uma divisão de recursos públicos que destina 200 milhões ao Fundo Nacional de Cultura e 1,4 bilhões ao marketing das grandes corporações através da renúncia fiscal, da famigerada Lei Rouanet? Que reserva 38 milhões para o Teatro Municipal de São Paulo, 10 milhões para TODOS os demais núcleos teatrais da cidade e praticamente nada para os demais? É pouco para o Teatro Municipal, é pouco para os grupos e é pouco para a arte e a cultura da maior cidade do país.

Esses números traduzem a ausência de políticas públicas de Estado, a ausência da própria política: os governos e os espetáculos informativos da mídia privada apenas operam como gerentes e administradores dos negócios do mercado.

Ave, Senhores! Ironicamente, apenas cobramos a realização da sua República e das suas leis. Exigimos investimentos na cultura, entendida como direito extensivo a todos, direito que o mercado não consegue, não pode e não quer concretizar. É simples assim: que o Legislativo legisle e o Executivo execute uma política pública de Estado, e não de governo, nas três esferas – municipal, estadual, federal, através de:

1) programas públicos – e não um programa único de ‘incentivo’ ao mercado – estabelecidos em leis, com regras e orçamentos próprios a serem cumpridos por todos os governos; programas com caráter estrutural e estruturante;

2) Fundos de Cultura, também através de leis, com regras e orçamentos próprios, como mecanismos para atender – para além do governo de plantão – as necessidades imediatas e conjunturais, através de editais públicos.

É hora de aumentar o orçamento do Programa de Fomento em São Paulo, aumentando o número de grupos dentro do programa e criando a categoria de núcleos estáveis; é hora de criar o Fundo Estadual de Arte e Cultura, engavetado no governo passado; é hora de desengavetar nossa proposta de lei que cria o Prêmio Teatro Brasileiro para todo o território nacional.

Fora isso, é o império mercantil, a exclusão, a violência, a morte.

Ave, Senhores! Nós, bárbaros, ao reafirmarmos a vida, vos saudamos.


São Paulo, 22 de setembro de 2009.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Era fácil criticar, planejar mudar o mundo e convencer as pessoas de planos infalíveis. A estratégia era quase perfeita, e só não vigorou porque eu não estava convencida das minhas próprias teorias.
E ainda não estou.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

No céu onde nada existe

Por cima das cabeças beócias um monte de coisa. Mas essencialmente, os sonhos delas mesmas.
É tão mais simples viver, só viver!
Respirar, sentir o pulso do coração tomando conta de todo o corpo... e deixar que fluam as paixões, que nos arrebate a ira, o desejo, ou a calmaria, se assim for...
É tão mais óbvio perceber o ar, a flor, e seguir por vontade não por obrigação, qualquer regra que seja imposta pelo o que se sente e não pelo o que se pensa.
Não seguir trilhas predestinadas. Descobrir, desbravar, ou descansar.... sentar e ver com admiração o que é: o sol, o mar, a criança, o seio, o chão, o céu. O que está.
Já foi o ontem e não o tenho pra defini-lo. O amanhã não sei também, nem quero.
Tenho agora o teclado e imagens que me assolam, tenho o que sinto por quem sinto hoje. Saudades várias, amores também, paixão aquela ... que não subestimo por não sabê-la humana como os outros.
Não pretendo convencer.. nem ao menos a mim, que dentro em pouco penso e repenso ideologias várias, mudo e desmudo, quase nunca vendo o agora que acontece na frente do meu inquieto nariz.

Mas vale a pena, nem que por uns minutos.... ser.. estar.. e só. Só.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Hiper

Hipermoderno, hiperapaixonado, hipermercado, hiperatividade, hiperconsumo, hipererotismo, hipertrabalho, hiperfelicidade, hipertensão, hipermadrugada, hiperglobalização. Hipersensação, hiperinteração, hipersolidão, hipermodernidade. Hipersegregação, hiperperseguição, hipersonolência, hiperimpaciência, hiperafatamento, hiperenfrentamento, hipercontentamento, hiperdescontentamento. Hipersorrisoamarelo, hipervontadeguardadaasetechaves, hipercarência, hiperabraço, hipercontextualização, hiperinserção, hiperexclusão, hiperdesilusão, hiperconfusão.

... e a gente vive depressa demais, sofre depressa demais, ama depressa demais, morre depressa demais....

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

agosto

Agosto no fim.
Com gosto de tempo que passa depressa.
E gente que fica.
E gente que vai e não volta.
As horas e os dias vão passando, implacáveis.
Minha vontade de correr, correr.
Falta ar pra ir mais depressa.
Falta perna pra subir ladeira.
Falta gente.
Sabores vários de descobertas nem sempre leves.
E o peso do que há de vir parece sobrecarga.
Relevo. Elevo o pensamento pra quem possa me escutar.
Palavras e mais palavras, palavrões e coragem.
Querer não paga passagem, é mais que vontade.
Guerra todo dia que não termina no travesseiro.
O silêncio e a insônia num entrave inabalável, nem a embriaguez tomba o corpo.
Mais um copo, mais um pouco, mais um minuto..... mais uma vez suor e trabalho.
Hipermodernidade, hiperansiedade, hipernecessidade, hiperatividade.
Escuta aqui você ó: eu estou aqui.
Estrelas pra contar, paixão pra viver, amor pra compartilhar, sonho pra devorar , tudo de uma só vez.
Vê?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

filho de Dionisío

"Segundo o que li por aí, Dionísio foi o único Deus filho de uma mortal.
Fora tudo o mais da trama, além de ser o Deus do vinho, também conhecido como Baco nas lendas romanas é o protetor do teatro.
Pra salvar seus queridos, tranforma-se em leão e adora vinho".

Embora haja dúvida, embora a lágrima escorra.... E por mais que eu não concorde e nem entenda.... O mundo é assim. A gente pisca o olho e as coisas já não estão mais. O hoje e somente o hoje deve haver. Estamos fadados a um poder de escolha tão grande que deixamos de mãos atadas quem nos rodeia, volta e meia!
Ainda não há quem me convença que não existem caminhos, alternativas! Será? Por ora, já me basta a sensação de estar num filme desconexo, esperando por um final que de revelador não tem nada, nem o elenco, nem a direção, nada.
Doa, era como me chamava em resposta aos meus apelos de "mano".
Roubou meu texto e deu um show.
Coragem e covardia são conceitos que mudam de figura pra mim agora.
Consumir.... não tenho mais estômago. Nem cabeça, que não para de doer mais.
Dom, ainda não tive peito pra ir pra lá de novo. Parece ainda quente a respiração. Meu riso fácil...... teu corpo quente em cena. Suor. Vida! Porra, vida!!!!!!!!
Dionisio. Belo nome.
Foi de fato uma honra e um prazer. Agora é dor . E lateja mais.

terça-feira, 28 de julho de 2009

o fazedor de arte

Um dia desses, encontrei um fazedor de arte.
- Boa tarde.
- Mais ou menos boa... - disse-me o fazedor, que estava ajoelhado procurando o tempo.
E continuou falando assim:
-As pessoas brincam. E depois de um tempo, depois de tanto não e de meu insistente sim, tudo continua defícil. A bem da verdade é que ninguém nunca me disse que seria fácil.
Parou então e acendeu um cigarro. Depois, prosseguiu:
-E todo mundo que encontro e me pergunta porque trilho esse caminho sai com mais dúvidas ainda.... menina, não é um caminho fácil. Se você quer ter certeza, não venha por aqui. Vindo, você encontrará por certo, suor, lágrima e sangue. Motivos pra seguir não lhe faltarão jamais. No entanto, certeza nunca. E o incerto é tamanha alienação nesse mundo todo aí que te cerca.... cansa, cansa demais.
Atônita com o encontro, pergunto-lhe se é do mais fraco o pensamento de não seguir mais, de não continuar? Como pode não haver paz fazendo o que se crê.
E ele, plácido, retrucou:
-Há de haver paz.... há de haver paz em algum lugar. Acontece que de um tempo pra cá descobri que a paz é chata. Besta. Morta. E resolvi que não, não quero a paz. Eu quero vida, suor. E consequências. E sabe menina, a dúvida dos teus olhos é a mesma do meu coração. Enquanto o corpo pede ação o tempo todo, a devolutiva de quem cerca o fazedor de arte é sempre a mesma cara. A mesma cara!
Convido-o para um café, ao que ele agradece silenciosamente. E prossegue:
-Este é um caminho solitário. Sustentar sonhos custa mais caro do que viver acomodado no sofá. Tenha certeza ao menos disso querida.
Digo-lhe:
-Então meus dias serão compartilhar com o desconhecdo o que creio e espero através de outra que não eu ? É isso ? Por que?
Olhou fundo em meus olhos, como se não tivesse resposta maior que esse silêncio mutuo. E nesse espaço curto de universo que surgiu, respondi a questão. Em silencio tambem. Sorrimos um ao outro, velhos conhecidos que se reencontram merecem ao menos um sorriso, ora essa!
Brincar com o fazedor de arte, foi a solução pro nó na garganta.
Guardar as minhas impressões a sete chaves e transfigurar tudo o que virá. Construir. Viver.Fazer. Rir. Chorar. Correr. Parar. Primeiro aqui depois ali e ali também.
Fora, pra fora de mim.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

e chove...

Chove.
As coisas parecem mais lentas e as pessoas mais densas num primeiro olhar.
O trânsito traz a tona idéias, pensamentos soltos e as caras de quem vejo entregam um pouco o que tão escondido estava nos dias de sol.
Parece que o mundo gira diferente, só parece.
As pessoas continuam sem se ver.
Olho no olho raro.
Palavra pra pedir passagem, pra chegar primeiro na catraca e vencer a maratona: quem chega primeiro ao matadouro provedor de salário e enxaqueca é melhor funcionário.
Música. Todo mundo ouve música.
Leitura também não é mais tão incomum, nem que seja auto-ajuda.
O destino de cada um em estações diferentes do metrô, que anda mais devagar nas estações a céu aberto quando chove desse jeito.
Impacientemente desejamos que a chuva pare, ora essa!
Pra árvores se temos prédios?
Pra que orvalho se temos transgênicos?
Pra que poesia se temos trabalho?
Pra que Drumond se temos cinema?
Pra que Deus se temos o homem?
Pra que o homem se temos o mundo?
Pra que o mundo?
... e a chuva cai...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Se voltasse no tempo escolheria isso mesmo (???)

Fazendo o que quis - ou quase -
Revisitando lugares
Pessoa
Conhecido que não conheço por completo
Eu
Alguém
É bom estar aqui
Sem moralismos
Só vontades
E nem sempre é desse jeito, ainda bem
Vivo ainda no planeta terra
Daqui a pouco tudo é como é
Deve ser tudo parte das minhas conspirações
Inquietações
É bom estar assim
Pensamento, vá pra longe
Eu nem ia escrever nada, mas quis
Lugar só pra sentir e respirar
Alberto Caieiro já me disse algumas coisas
Que nem sempre prestei atenção
Devidamente equipada de nada
A vida talvez seja isso mesmo:
Não resistir
Uma taça pra mim
Outra pro inevitável

(???) Ainda não sei ... me dá uma coisa que não sei o que é quando penso que minhas escolhas não são tão minhas assim....

terça-feira, 14 de julho de 2009

Perna doendo

Evito trabalhar demais, embora já esteja por lá há cinco anos dizendo a mesma coisa: esse é o último dezembro que passo aqui.
Salva o clima, salva a amizade, a risada sempre boa... a palavra de quem me conhece do avesso e chata, fazendo o que não quero... mas tenho....
O que percebi hoje, no ônibus depois das seis da tarde - coisa que parei de me permitir.... se é pra ser dificil que pelo menos seja na hora que eu quero - é que o cansaço cega.
Só pode ser.
Gente jovem não vê gente velha que entra, com dor na perna, e quer sentar no lugar que tem até adesivo, reservado!
Gente não vê gente. Não vê quem é igual. Cada um com sua dor mais doída, seu salário mais ferrado, suas contas mais pesadas, seu casamento mais inútil, seu filho mais doente, sua religião mais crente, seu dente mais do ciso, seu problema mais grave. A perna doendo tanto mas tanto que não deixa o olho ver quem tá do lado, precisando mais do lugar. Quem tá a fim de escutar um boa noite, e não um funk safado no celular, sem fone.
Ensaio sobre a cegueira, escreveu o portuga. Já estamos aqui , tupiniquins, mais do que ensaiados. Somos craques na cegueira da alma.... Vemos apenas aquilo que queremos, quando e como queremos. E sempre somos vitimas.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

contra - dição

É disso mesmo feito o globo terrestre: contradição.
Opostos que se atram e se repelem contra vontade. Forças que nem sempre tem força de vontade ou desejos autênticos que bastem pra que decidam suas vidas.
Branco que era preto e preto que não queria ser preto.
Gente que se acha feia, gente que é feia. Gente gorda demais, gente magra demais, gente que normal e anormal. Padrões que excluem e inibem identidades, criando modelos e xerox de coisas que não são ideais da maioria.
E na maioria das vezes, por mais que se pregue o contrário, a gente acaba se entregando... hoje eu chorei por ter engordado demais... e nem tinha percebido de fato. E no fim das contas, já que regime não me cabe, como minhas calças ainda me servem?!
Não dá pra usar balanças e bom senso(ainda mais o tal do senso comum) pra taxar nada hoje em dia... talvez jamais tenha sido possível e jamais o será.
Regras e mais regras de conduta, de etiqueta, de marca, de valor, de beleza, de inteligência, de sexo, de religião, de tudo. Pra nada!
Se de fato funcionasse, o homem seria apenas homem, não botox e silicone, não super homem que não que ficar enrugado (ou gordo) ou feio ou impotente.
E pra onde vai a tal da arte numa hora dessas, me diz você aí, que canta no tom que quer melodias da sua cabeça pra gente toda que quer fugir de um destino certo? Me diz você, que faz um teatro fora do comercial, incutido de militâncias imponentes e coerentes demais pra serem levadas tão a ferro e fogo... me diz você, que descreve o mundo através da sua ótica, por meio de tintas e materiais ecologicamente sustentáveis.. me diz você, que acredita ainda nesse homem que te manda trabalhar ao invés de sentar no bar pra alimentar o pensamento...
E quem de fato sabe o porque de fazer o que faz?
O advogado que só achou um jeito fácil de usar seu palavreado de dicionário e descolar uma grana fácil? O artista que busca alternativas pra não morrer de fome e mostrar de alguma forma o que Lennon e outros tantos já pregavam antes de eu nascer? O político que destrói sonhos de uns pra construir castelos?
Quem sabe o porque de fazer o que faz?
Quem de fato faz o que quer fazer?
E se somos mesmo feitos da mesma matéria de sonho, que eu seja um bem recheado, gordinho e deliciosamente coberto com açúcar. Pra que alguém (s) que queira muito muito sonhar encontre aqui alimento que baste.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

cinza

Inspira-me a fumaça que se nao vejo subir, sinto.
Envolve-me o dia nublado, a nuvem que quer chover sua historia pra sumir....sumir!
Os dias azuis e amarelados são demasiado comuns... nada carregam de novo.
Não o cinza!
O bloco de construir é cinza.
O grafite, o pó, a poluição.
Imagina!
Cinza é por dentro o homem.
Massa cinzenta se diz, se não me engano.
E ah! que belo dia cinza!
Asfalto gasto, calçada, buraco, lombada.
Prédio.
Sampa.
Cinza.
O cimento no chão do cenário do último ótimo espetáculo: cinza.
E o som de cinza... cinza... gostoso de falar e imaginar o que quer dizer em outro lugar esse som.
No meu lugar é só bonito porque é, porque gosto, com essa simplicidade típica de eterna adolescente mesmo que tem preguiça demais pra se entregar a algo denso e pesado demais.
Ah......
Queria que as coisas fossem mais suportáveis.
Pra que pensar que ser um peixe - cinza - poderia resolver as coisas ?
Vou te encontrar de cinza. Quero estar bonita pra te ver.
Espero que chegue, com um sorriso bem cinza que só eu sei... e receba tudo de mais cinza que tenho pra você.
E pra que falar de paixão, amor ou o que seja... o que é , é e pronto.
O céu cinza antes da tempestade........ que imagem!
Eu cinza desaguando incertezas.... que bobagem!

terça-feira, 23 de junho de 2009

fora uns dias

eu fico uns dias sem vir aqui e dai quando volto, nao vejo mais muitos motivos pra ficar relatando dessa forma minhas impressoes. vai ver que tem coisa mesmo que so existe sentir, e outras pra fazer... mas e o que fazer com as coisas que so existem pra pensar?
de fato nao é assim tao simples....
to uns dias sem falar muito.
to uns dias ouvindo demais.
e tomando atitudes extremas, indo embora se me da vontade, ficando se me da vontade.
sem pestanejar, a nao ser que esta seja a vontade da hora.
vim aqui porque quis.
agora nao quero mais.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Botas

Caminhar.
Seguir.
O rumo certo nem sempre há.
Sempre andar.
Tem placas que não sinalizam e sinais sem placa pra avisar.
O que se conquista no percurso cabe no peito e não sai mais.
O tempo que talvez passe, que sempre aponte novas diretrizes... e retome as velhas.
O rio que deságua no mar e em cachoeira e em represa do ser.
Arvoredos e paisagens, óasis dos olhos que não vêem tudo.
Arco-iris depois do temporal.
Raio, trovão, metal contra as núvens.
E o sol, que nasce e desnasce diariamente.
Estrela e lua cheia, minguante,o que for.
A noite aquece a libido e a fumaça de fumar.
Estabelecer.
Parar.
Sentar em ruínas bem cinzas.
Reinar sobre corações partidos.
E tomar partido do que creio fundamental.
Correr.
Disparar.
A flecha de desejo que de fato estabelece o limite da razão.
A casa de sonhos me espera quando as asas se cansam de bater.
Botas novas fazem calo no dedinho.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

hoje


A maquina destruiu o que os homens construiram.

Um muro alto, bem alto. E eu vi, paralizada, com os olhos cheios de agua, essa fortaleza cair.

Cairam os tijolos, cimento, pedra, suor, sangue e luta.... anos e anos de luta.

Bravo!

Foi de fato um espetaculo.

A cada golpe de escavadeira, o muro me contava um motivo pra eu fazer o que faço.

A cada marretada, as razoes de estar la ficavam mais e mais evidentes.

Nao que eu saiba explicar assim, por a + b. Nao sei. E ao mesmo tempo, tenho a certeza de que sempre soube o porque de fazer arte.

O muro nao queria cair.... e caiu.

Ainda bem que eu estava la, disponivel. Inalei o mais que pude a poeira.. e agora, parte do muro esta em mim... e permanece no espaço.

domingo, 7 de junho de 2009

Liquidificador

Pensamento, alinhamento, fazer tudo que se pensa as vezes da errado demais. E tem hora que certo demais..sim...sim...
Frio, no tempo, no corpo, na barriga, la fora, aqui dentro. Cachecol do ano passado, folha que cai no chao e nao sei onde foi parar a maquina, daria uma otima foto.
Tento nao pensar demais, mas nao sei como se faz isso.
Tem uma poeira grudada no chao e antes do ensaio varri e varri e varri, o barulho da vassoura no piso me deu mais ideias ainda... e tem uma musica de amor que nao sai mais da minha cabeça.
Os homens agem de forma estranha com as coisas que amam. E as mulheres e crianças, quando digo homens me refiro a humanidade.
Tem muitas coisas entre o ceu e a terra de fato, Horacio. Tantas que terei mesmo de voltar a usar aquelas lentes que ampliam as coisas. Tem hora que eu nao enxergo bem o que esta de fato debaixo do meu nariz.
No alto daquele morro tem alguem que chama por forças da natureza. Zatatustra? Estamira? Maria Jose Maria? Terei de subir bem la no alto, quase cair do abismo pra saber isso? talvez...
A primeira palavra do dia hoje foi de um desconhecido. E ele disse pra mim, sem que eu nada tivesse lhe perguntado: SIM.
Perseguir alguem desse jeito tambem ja é sacanagem, da um folego destino!
Visita, olho, e mais uma vez, pensamento. Atrelado ao frio, a possivel dose de conhaque, ou vinho , ou abraço quente nesse frio.... abraço de carinho, de desejo, de admiraçao, de identificaçao. Tem gente que nasceu pra ler e pra ser lida por outra pessoa que as vezes tambem so consegue ser lida por voce. OK, nem eu sei direito o que isso significa.
Ta tudo se misturando e parece que nao vai sair nada normal daqui.
Tambem, pudera... Os dias tem passado depressa e devagar, as coisas tem sido barulhentas e silenciosas, repentinas e sustentadas. Indiretamente divago ... direto!
E por direito, esse espaço me cabe, ufa, pra misturar.
Nao vou colocar açucar agora.
Mais um tempo pra que tudo vire uma coisa só.
Adoro tentar contrariar a fisica.... dois corpos podem sim ocupar o mesmo lugar no espaço, nao podem? Pra que relativizar? Experimento. E sem censura poxa vida!
Nao estamos aqui pra acertar nada de primeira, nem de segunda talvez...
Do lado da casa , do lado! E estou aqui de frente pro nada , escrevendo um monte de coisa que passa na minha cabeça, e por mais digite rapido, tem coisa fugindo, escapando como pode pra nao virar post.
Nao gosto muito de conversar virtualmente, as coisas nao se pontuam. nao tem olhar, nao tem voz... mas que da uma coragem dos diabos, ah isso sim...
Tem hora que nao da pra saber pra onde ir , nem por onde terminar, nem se quero começar. Mas ainda assim eu vou.
Corro o risco de publicar e alguem achar coisas secretas aqui, sub liminares até.. ainda bem que nao tenho conhecidos nesta area.
Doi o corpo.
Sorri o coraçao.
Minhas maos param um tempo, mas nao o pensamento, ah esse nao da tregua.
Amanha quero acordar tranquila pra mais uma segunda , como de costume, nada tranquila. Que bom! Ainda nao to querendo ser pacata. Longe, longe disso.
Meu amigo encontrou Jesus, metaforicamente ou misticamente, sei la. Tudo depende do que se cre. Eu, encontrei Dionisio.
Por mais que ferva o pensar........... nao nego nada, nem pro mundo nem pra mim.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

dramaXturgia

Drama passeava por aí desalentada. Encontrou-se com turgia. Juntas, depararam-se com um não formado grupo fazendo cena com o que pra elas é muito sério.
-Lamentável, dira uma.
-Ousado, diria outra.
-Profano, concordaram.
E depois de ficarem por alguns instantes envoltas nessa confusão de idéias e quase ações, concluiran:
-O QUE VAMOS FAZER COM ESSA PORRA????

****

Eu e eu hoje.
Hoje este apartamento de dois dormitórios está enorme.
Ecoam as idéias, as dúvidas todas que me acompanham rotineiramente.
Como se não bastasse, ela bate a porta.
Entra ae solidão, toma um gole.
Finge que a casa é sua e que eu não percebi sua chegada.
Faz de conta que o frio lá fora não chega de fato até nós e aquece o pensar com tudo que há no mundo todo.. .
e se isso for demais, só que há aqui por perto já basta.
Acordadas.
Insônia chega pra fazer hora....
Como se já não bastasse uma, agora tenho duas com quem dividir meu espaço...
E isso porque achei que hoje estaria só eu e eu!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

SIM

Sim: Afirmação, acordo ou permissão.
Afirmação: Preposição em que se considera existente relação entre os termos.

... falei o que sinto e ouvi sim.
sim pra que, para o que? indaguei.
Sim para todas as coisas, foi a resposta.

Sim pra troca, pro olho no olho. Pro mundo, pra vida. Pro que há de bom e ruim, pro beme pro mal.
Sim pros processos, pras imagens, pros criadores delas, pros consumidores delas. E pros consumidos também.
Sim pra noite.
Sim pros mundos extra-oficiais.
Sim pra tudo o que há, pra tudo o que está.
E sim pra tudo o que virá.
Sim !!!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

VAO DERRUBAR A PAREDE E ISSO É SÓ O COMEÇO, VCS ENTENDERAM ????


"Ai, eu to preocupada com o processo.
Eu nao, eu fico discutindo kant e relatividades.
Eu sou bunda mole mesmo.
Eu vou mudar o mundo, mas depois da novela.
Eu tenho muitas boas ideias, mas so na mesa do bar com umas brejas pra ativar.
E essa que vos escreve, é a mais bunda mole do século, pelo menos até agora."

Acompanhada de uma insonia impertinente, tento entender como posso pretender mobilizar a classe se nao sou capaz de fazer isso com quem ta do meu lado!
O que é preciso fazer?
GRITAR???
Esfregar a cara de um por um no muro ou no que sobrar dele daqui uns dias?
Eu não sei....
Só sei que fazer teatro desse jeito, não e fazer nada.
.....

Vi hoje mais uma daquelas manifestaçoes, de uma galera com faixas e bandeiras de uma sigla ai que nunca se ouviu falar e o maximo de efeito que conseguiram foi parar o transito. E é JUSTAMENTE isso que estamos fazendo.Claro que temos de FAZER. mas nao desse jeito... nao é so isso ..
Movimento é importante, mas nao sozinho, nao por ego.
Pelo amor de dionisio , isso nao quero mais.

O silencio que as vezes incomoda tanto tem sido meu maior objetivo. Nele tenho encontrado respostas , ou mais que isso: motivaçoes.

Nao da mais pra nao ir as reunioes.
Nao da pra ignorar o que esta acontecendo com um espaço usado por 8 sangue sugas de pesquisa alheia.

To puta da vida com isso mesmo, embora nao seja o momento e talvez nunca sera pra dizer desse jeito.E nao um puta da vida de nao quero mais voces ou nao quero mais isso... pelo contrario.. estou mais p da vida comigo mesma que nao achei a receita inebriante pra traze-los pra ca. eu nem sei se ainda vim... a cabeça sim, mas nao a açao. acontece que agora, é a hora. e como ja ouvi antes, esperar nao é saber. quem sabe faz a hora e coisa e tal.

Quem quiser que me de a mao e se jogue no abismo de fato.
Quem nao quiser, pesquise na internet alternativas de fazer arte.

Eu vou pra guerra.
Agora.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

mais um ano de vida. é pique!!!

meu querido papai do ceu:

Que haja pique, bolo, festa, vela, choro, riso, amor, paixao, carinho, sexo, vida, filhas, mae, familia, amigos, amigas, você, caneta, papel, ideia, açao, muro,chico, sacolao, saude, vento, noite, cinza, paz, agito, movimento, texto, suor, cama, comida, agua, gas, chao,chuveiro, nuvens, chuva, guarda-chuva, roupa, nudez,ousadia, tentativa, erro, beijo, beijo, beijo, aventura, consolo, gargalhada, musica,filme,pipoca,sofa,videoke,batata,montanhas, ruas, estradas, horizonte, mar, areia, céu, estrela, lua, o minimo,o maximo, tudo, nada, sabao, meias, cha, cerveeejaaa,cafe com pao, sonho, cara de pau, violao, beatles, benito, camelo,trabalho, bife a cavalo, principe encantado, bruxas, biblia, sangue,tempo, calor, frio,rimel, vontade, fome, desejo,inspiraçao,abismo, tranquilidade, energia, esgotamento, lagrima, lenço, banco, vida.

Que haja mais e mais de mim e de tudo o que há que nao lembro assim agora.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

segunda-feira, 18 de maio de 2009

esconde-esconde

tudo era mais simples do que se pensava:

a garota gordinha quatro olhos brincava com o loirinho, seu melhor amigo e primeiro namorado... e com o resto da turma. ela se escondia, corria ate se cansar.. molhava a camiseta do uniforme azul no bebedouro, grande e alto demais pra quem sempre foi uma das primeiras na fila por ordem de tamanho.
o tempo podia passar, ela passava de ano semre, embora sempre muito mais timida do que os outros, muito mais na dela do que os outros, tinha seus amigos de apelidos estranhos e sempre, sempre foi muito querida.
correu, cai, sonhou... jogou jogos sem saber, perdeu. mas ganhou muito mais... contestou o que nao achava santo, criou seu jeito de ver o mundo. e foi de encontro ao que lhe imprimiu sua vontade.
e depois de ter o mundo nas maos e muita ideia na cabeça, ela quis se esconder de tudo.
encontrar um caminho de certezas e pasmem! contestou a si mesma.
-que diabo de vontade é essa afinal que me leva a caminhos incertos quase todo tempo e me afasta das pessoas tanto assim? que raio de desejo é esse que so me aproxima de gente como eu, que de tao certa de ser e estar acaba recheada de incertezas? e por fim, por que querer ter certeza de alguma coisa nesse mundo!?
desistiu de responder e vive a vida, trabalha pra ganhar dinheiro, quase que uma prostituta mental. mantem-se no prumo , tem sua casa , suas roupas, sua familia, suas filhas... ah! iguais a ela, que merda!

era tudo tao mais simples.... quando as coisas valiam por quanto fizessem rir. quando perder o folego nao era sinal de mais uma crise de asma.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

sobre o nada

nada e tao imponente quanto o vazio
o espaço vago entre as horas
a falta do que dizer numa hora de morte
a falta de espaço
nada é mais
nada é menos
silencio que tapa buracos e escancara sensaçoes
nada bate a porta quanto o frio vem
nada o peixe no aquario do vizinho
eu nao tenho peixe pra nadar
nada de bermuda porque de sunga eu acho brega
em nada sou parecida com o que fui aos 18
e nada nada mais é segredo
shiuuuuuuuuu
escuta um momento como bate essa coisa aqui no meu peito
faz tempo que nao poetizo
nada me inspira como antes
a nao ser...
as vagas melancolias
os silencios tranquiiiilos de varios minutos seguidos
a incerteza de ser ou estar
o ir de encontro a voce
e pode ser...
que tudo seja nada de novo
que a galinha tenha precedido o ovo
ou pode ser que nao!
bate outra vez esse meu coraçao
nao tem letra de samba pra descrever isso!
ah... um abrigo.. que nada!
eu quero mais é sentir o vento desse inferno astral que me permeia mais um ano
e reverenciar o vazio que se aproxima
nesses quase 30 anos de mim

sexta-feira, 8 de maio de 2009

coragem, o cao covarde

something in the way (he) moves... atract me like no other lover... something in the way (he) moves me...

to lendo a biografia do lennon que ganhei de uma puta amiga esses dias. é estranho, mas tem gente te conhece de fato. estranho, porque nem sempre eu sei o que eu quero e dai, de repente, alguem que nem sempre ta do meu lado, assim, o tempo todo e que convive comigo basicamente nas horas que eu sou mais chata sabe exatamente o que fazer e dizer e como fazer e dizer pra me agradar.
acertou na mosca.
so que eu, como nao me contento em apenas ler o que ta escrito, ja me achei nas entrelinhas de uma historia que nem é minha, mas que poderia ser em quase todos os momentos .. (pelo menos ate a pag 120).
as parcerias com amigos que ficam pra vida toda... as merdas da adolescencia e uma adolescencia que nao termina... muita responsa muito cedo. pensar que é sempre cedo demais pra muita coisa e nunca achar que tenho a idade que tenho.
o gosto pela musica. querer mudar..
ta, pretensao me comparar com ele, mas nao me importo nao. nao custa sonhar..
o que me da um frio na barriga as vezes é isso.. sonhar. nao to mais a fim de dormir muito e deixar as coisas passarem, momentos passarem, pessoas passarem. nao quero mais essa covardia, nem que pra isso , pra de fato mostrar o que sou assim pro mundo, seja preciso deixar cair em terra minhas filosofias baratas.
mas é so um momento, logo mais vou pro ensaio, nao pulo corda como deveria, nao entro em cena na hora que deveria, nao falo o que deveria. por covardia.
e depois tem o trampo. a agua ta podre ha meses, e eu fico tomando agua dessa mesma amiga que me deu o livro,. e ela compra por 2,50 algo que devia ser de graça ate pro meu chefe, que cehio da grana, se recusa a colocar um filtro que preste.. e a gente fica tomando lactobacilos na agua, tipo yakult ou compra la em baixo.
e depois tem minhas relaçoes, que nem sempre se baseiam no que eu queria que fossem de fato. a gente muitas vezes vai levando.. ou sendo levado por tudo isso que ta ai na mao, no peito, no peito , no sexo, no cheiro, no calor dos sentimentos e sensaçoes. muitas vezes sem norte, muitas vezes sem ser necessariamente condizente com o que de fato desejamos ou acreditamos , mas porque tem de ser assim. porque se minha filha tentar pular da mureta da escada do patio ela pode cair.. mas pode ser que ela nao caia porra! e pode ser que descubra um prazer imenso em saltar.. e se cair, rala o joelho ou mesmo que se quebre, conserta-se depois!
eu to de fato de saco cheio de ser covarde e de conviver com gente que se diz heroi mas que na verdade, as vezes por conta das paredes ai que se controem , param. sentam. que por causa da insegurança de estar so numa batalha, nao vai. nao experimenta. nao vai. nao faz. fica.
to de saco na lua.

sábado, 18 de abril de 2009

nao sei se era pra mim, mas se nao, agora é.... roubei de um blog amigo, de um coraçao parceiro.


"Eu te seguraria no colo
te colocaria pra dormir
diria que vai passar
que vai findar
que vai vingar...
aconselharia o caminho da verdade
mas afinal,o que é verdade?
este momento aí todo seu
de fendas abrindo
feixes te saem de dentro, te tocam a alma,
carne viva, ferida infeccionada
passagem escondida para nova estrada-
Mesmo que esburacada -
É sua a caminhada."

salada de frutas

1)a fruta que eu como sempre nem sempre é a que mais gosto. acontece que pra come-la nao preciso descasca-la e posso carrega-la na bolsa, pro caso de uma foem de emergencia.
nao me imagino sem ela... ficaria com fome...
as vezes me dou ao luxo de no meio da minha correria rotineira, desfrutar a fruta que mais gosto. nao posso carrega-la na bolsa. preciso descasca-la e corta-la antes de come-la. nao me imagino sem ela, ficaria na mesmice...
tem hora que o estomago me pede uma e a vontade outra, e vice versa.
fome e desejo as vezes se confundem e me confundem muito.
...
estou de jejum da fruta que sempre como pra definir de uma vez se a como tanto assim porque realmente quero e preciso ou se é só porque ela ta sempre na fruteira.


2)há um ano mais ou menos, num teatro nao muito distante daqui, uns loucos perguntaram ao meu inconsciente se eu ouvia as minhas vozes... fiquei uns meses pensando nisso e conclui que eu sou um lisxo humano por ter deixado tanta melodia, tanto grito, tanto sussurro passar... decidi enfim ouvir as tais das minhas vozes, to quse esquizofrenica ja... so nao tao entendendo direito pra onde elas estao me levando, mas essa ja é a parte II do filme, ou do espetaculo....

domingo, 12 de abril de 2009


eu sou um ser humano.
eu fico fedida.
eu erro as contas do mes e falta grana.
e choro, e faço drama e fico feliz com qualquer coisa.
dou valor ao que nao tem.
ando sem rumo de vez em quando e quase sempre sei muito bem o que quero e o que me faz bem.
gosto de carinho e beijo bom (na boca e de lingua).
adormeço com minhas filhas acariando meu cabelo.
acordo preocupada com o mundo e com o armario que ta quebrado.
a luz do banheiro queimou de novo, porra!
nao entro em busao lotado, me falta ar pra pensar no caminho ate o trampo. se é pra ir no ensaio tudo bem.
eu tenho uma cabeça que me atrapalha e as vezes me salva e as vezes nao funciona.
nao pulo corda bem.
escrevo em todos os lugares que me aceitam e os espaços onde cabem minha letra, de forma ou de mao mesmo.
nao quero mais falar de mim depois desses dias.

eh deh ...

hoje tem mascara caida?
tem sim senhor !
hoje tem cara a cara ?
tem sim senhor!
eh deh...
nossas maos sao pequenas e falhas pra segurar o mundo todo.
no peito nao cabem tantas sensaçoes assim. é preciso escolher.
e pra quem nao sabe, a solidao acaba sendo triunfo.
descer do muro, sair do armario, definir, traçar.
descobrir.
estar, so estar, e nao ser. nao precisa !!!!
eh deh...
normal.
o caos pra criar de novo.
eh deh, voce de falto ja viu este filme, chorou nas primeiras vezes, mas depois, ok.
e vc nao eh a mocinha. nem a vila.
"voce ta bem"?? - ta todo mundo me perguntando isso, o tempo todo. ta foda.
"eu to" - digo pra que parem de me questionar, ou mesmo pra eu crer que sim, ou pra nao me sentir culpada de nao estar chorando de cinco em cinco minutos por conta de 5 ou 6 ou uma vida de anos que foram embora com cds de reggae e livros de historia do brasil.

sábado, 21 de março de 2009

something

o mundo pede tanta coisa que as vezes fico pensando se o que eu desejo é fruto de meus anseios realmente ou se é mera reprodução do que a sociedade convenciona como necessario.
no fundo, eu acho mesmo que nao existe mais nada que seja puro e em sua essencia verdadeira, original.
tudo me parece xerocado, reproduzido e ate o que eu quero hoje eu ja quis antes e joguei fora e hoje reciclo.
e ate essa busca, essa luta, essa guerra constante entre o que eu sou, o que eu faço, o que eu penso ser, e como o mundo me ve - e eu me mostro pra ele´- que eu pensava ser so minha hoje vejo presente em tanta gente, tao perto... e tao mais vaga, tao mais vazia.
e nada mais me preenche... ta, nao vou fazer esse drama todo mesmo porque nao sou assim mesmo..
o que ainda me faz sentir viva e com vontade de seguir - nao sei bem pra onde- sao aqueles momentos entre o expirar e o inspirar.
nos momentos em que perco o folego, nas horas de concentraçao profunda, imersa num saramago , quem sabe...
no sexo, nos partos, nas memorias, abstraçoes, metaforas...
instantes que as vezes passam, outras ficam... eu fico.
ao mesmo tempo que me aflige muito nao saber de muitos porques, é justamente isso que me movimenta... e dai eu penso que é - ou deve ser, pra nao parecer pretensao - mesmo inerente ao homem todo esse questionamento... hamlet que o diga afinal!
.. e a necessidade de estar sempre agarrado a algum ancoradouro...

" a thing of beaty is a joy for ever" , disse uma vez um poeta ingles que nao consegiu morrer...

as melhores da semana , ate agora:

- mamae, como funciona nosso cerebro?

- olha! la vem a cadela que alimentou o rick rener, os caras la de roma meu !

-filho! fecha a boca e come! ( é dificil entender a logica de amigas estressadas)

-nao tenho mais desculpa pra nao ir trampar, entao eu decidi nao avisar mais.

-o que é star wars? eu estou wars?

-qual é seu signo? eu sou de aires! (risos ate doer a barriga) vc quis dizer aries ne? e nao foi isso que eu disse??????

- ainda temos uma carta na manga a nosso favor nesse momento de crise, disse algum dos politicos super mega jogadores de poker, que estao nos levando pro buraco.. e eu espero que essa porra dessa carta seja o zap... ou que eles blefem muito bem dessa vez.

e a trilha que acompanhou nestes ultimos dias (anos)
"se hoje eu sou estrela amanha ja se apagou" e lalalalalala.......

beijo outro tchau.