quarta-feira, 20 de abril de 2011

Conto a lenda pra matar o tempo, ponta de cigarro paraguaio vale meio tento...

Palavras gritadas de uma música que de tanto ouvir há um tempo atrás não fazia o menor sentido aos meues sentidos. Hoje, no auge de um vazio cheio de dúvidas e questionamentos, achei o cd perdido e ouvi com o coração, as viceras, o utero e a alma.
Dai surgem algumas reflexões , junto com alguns desabafos e ironias, como não poderia deixar de ser. E saudade... saudade .

1- Dentre guerrilhas, caminhadas digestivas ou sessões de compras compulsivas,quantos já morreram pela paz?

2-O que é fato real e palpável é a tristeza ilegal de famílias sem comida e, em contrapartida, a alegria artificial de outras tantas agraciadas com o direito de sobreviver , fome zero e rango menos dez nas mesas do Brasil! E a honra de andar feito papagaios, repetindo o que lhes é ensinado e vomitado e com as asas podadas pra não voar longe desse árido chão.

3-Sem camada de ozônio, ar rarefeito. A cachaça grossa, o futebol mercadoria e o samba atormentado que já não fazem mais efeito anestésico que baste. Há a necessidade de mais e mais.

Tem mais... muito mais . Acontece que a necessidade de expressar em palavras encadeadas logicamente não permitem gritos, sussurros ou aquele nó no corpo todo por dentro e por fora. Ou pelo menos ainda não encontrei jeito de fazer isso aqui, digitando.

Termino brindando.