domingo, 27 de março de 2011

En torpe Cida

Cida acorda os sentidos mais uma vez.
Talvez o alcool a ajuda a manifestar seus instintos , suas verdadeiras vontades , seus segredos .
Ou , seja meramente mais um vomito atomico de coisas que tenha vergonha de assumir depois...
Saudades de coisas tao verdadeiras que nem sequer sabe  ou possa nomear como autenticas ou meros devaneios, alucinaçoes.
Talvez essa falta toda seja de alguem que nem existe. De algo que nao seja.
Esfrega os olhos e sente que esta sim viva, que em seu peito pulsa toda a verdade e a certeza de querer bem, de um desejo adormecido sei la eu porque.
Sente o ventre e nele a segurança de ser mulher, de ser parideira, de ter a vida dentro e fora de si.
Nos labios, sede. Sede de outros labios, de outras palavras, que talvez lhe traduzam, lhe acalmem a furia... ou simplesmente lhe agradem.. ah, isso sim seria bom num momento desses.
Os seios palpitam por nada, simplesmente porque o coraçao bate, e bate forte quase sempre.
Aguardam caricias plenas.
E o resto... bem, quanto pode caber num corpo, quanto podem palavras dizer?
Cida aguarda... enquando sua torpe covardia lhe impede de dar mais um passo, mais um beijo, mais desejo... Porra Cida! Suicida! Que seja eterno enquanto dure e tudo mais!

Tempo

Tempo que não tenho, ninguém tem!
Corre depressa pra não perder, pra não atrasar, pra não ouvir, pra não ver, pra não sentir.
Corre e esquece que não terá tempo de parar pra pensar, de respirar outro ar.
Corre com o vento, faça sol, faça chuva, corre!
Bate mais depressa o coração, o tic tac continua impassível, incontestável, detestável por vezes ...
Não dá tempo pra ter crise, não dá tempo pra brigar, pra gritar, pra chorar, pra nada.
Outra relação com o tempo, ah como era bom sonhar com isso!
Eita! Acorda aí! oito linhas já tá bom, não dá tempo pra mais, já foi o tempo de escrever o pensamento!