quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Sem contas no fim das contas

DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Mário Quintana
Sem bandeiras, sem chão riscado, a não ser pra pular amarelinha!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Deixa a chuva passar

Deixa a chuva passar
Sem que com ela se esvaiam as vontades mais insanas;
Sem deixar escoar as loucuras mais prudentes, os amores verdadeiros e intensos e egoístas e necessários que nos invadem.
Deixa o trovão ecoar
Sem que ao seu término se calem as vozes que cantam doces canções;
Sem que se oprimam desejos primatas e reflexos animais.
Deixa o chão secar
Sem que a poeira nos turve o horizonte a ponto de não se saber se é lá mesmo que queremos chegar.
Deixa a lágrima cair
Sem que nela escorram todas as forças e certezas, dúvidas e inseguranças. Ainda é preciso errar!
Deixa o tempo passar
Sem que o corpo se anestesie pra luta, sem que a mente se esqueça do sonho.
Deixa o medo dar lugar ao amor e a alegria (que ainda existe em muita coisa) imperar nos momentos simples.
Deixa a falta de amparo ser colo solitário, auto carícia plena, pra que o eu tenha lugar devido em meio as necessidades coletivas.
Deixa deixar a vida!
Sem que esta nos leve pra caminhos opostos, sem que meu rosto se apague do teu peito e tua lembrança doce seja trocada pelo fel nosso de toda briga.
Deixa o amor acontecer que ele é possível.
Prometo.