terça-feira, 25 de junho de 2013

O invisível nos salta aos olhos

... " toda a vez que falta a luz, o invisível nos salta aos olhos" ...


Poeticamente racional, racionalmente poético.
Profético talvez.

Os vinte centavos mais caros da história do capitalismo tupiniquim.
A tarifa reajustada que apertou o nó da garganta, que foi estopim pra desengasgar o grito que coletivamente ecoou. E ainda ecoa e ecoará, com acertos e desencontros, como todo processo de reformulação.
Não creio em reformismos, já que tudo que tem como base um sistema onde vigora a lei do capital é atroz , violento, unilateral e portanto, não está e nunca estará passível de transformação o bastante para que a classe oprimida tome realmente para si o que sempre lhe foi de direito. 
Há que transformar, o novo tem de vir com toda a força e suor de um parto, e ser embalado e alimentado como o recém nascido que será. 
Uma revolução de pensamento, de ação, de ideias e de posturas, há que se querer com bravura e com ternura o mesmo tanto que há que se fazer com certeza e sem absolutismos, sem pré teoremas mofados que ja não nos servem na prática. 
E aí sim, a criança chegará, com toda anarquia que uma criança tem mesmo, com fome de descoberta, com inocência e alegria, entusiasmo e verdade. 
Construção sim, formação política sim, conscientização de um processo que já se iniciou antes de nós e será concluído depois de nós; mas na paz ativa de corações abertos, na coragem firme de um sorriso pleno, no calor incomparável de um peito aberto.