terça-feira, 16 de junho de 2009

Botas

Caminhar.
Seguir.
O rumo certo nem sempre há.
Sempre andar.
Tem placas que não sinalizam e sinais sem placa pra avisar.
O que se conquista no percurso cabe no peito e não sai mais.
O tempo que talvez passe, que sempre aponte novas diretrizes... e retome as velhas.
O rio que deságua no mar e em cachoeira e em represa do ser.
Arvoredos e paisagens, óasis dos olhos que não vêem tudo.
Arco-iris depois do temporal.
Raio, trovão, metal contra as núvens.
E o sol, que nasce e desnasce diariamente.
Estrela e lua cheia, minguante,o que for.
A noite aquece a libido e a fumaça de fumar.
Estabelecer.
Parar.
Sentar em ruínas bem cinzas.
Reinar sobre corações partidos.
E tomar partido do que creio fundamental.
Correr.
Disparar.
A flecha de desejo que de fato estabelece o limite da razão.
A casa de sonhos me espera quando as asas se cansam de bater.
Botas novas fazem calo no dedinho.

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