sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Quando o rosto queima em brasa

Timidez.
Parece que tem uma trava nas horas que não poderia.
Palavras aprisionadas.
Imobilidade.
A cabeça ferve e pensa demais numa hora que só o corpo deveria responder.
Provocação: "qualquer um faz isso melhor do que você"... "você não vai conseguir" e coisas do tipo.
E o corpo ainda não responde, embora queira.
Na cabeça gritos do tipo: "Você , ou melhor, vocês, por algum acaso sabem tudo o que eu larguei pra estar aqui? Imaginam quanto creio nisso tudo que está acontecendo? Nâo fazem idéia mesmo que estou sem um puto nem pro busão!"
É hora.
O Pensamento enfim, deu lugar - ou só uma trégua - pro rosto queimar em brasa.
O corpo formiga, o nó na garganta. Raiva. Eu inteira.
No chão, o choro da luta, da incerteza........ entrego ao solo tudo misturado, não tem palavra não.
Salgada lágrima que se desdobra em outra, soluço após soluço.
Durou pouco e ao mesmo tempo, parece que sempre estive ali.

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